• terça-feira, 25 de setembro de 2018
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QUEIMADAS PREJUDICAM 20 MIL CONSUMIDORES DA CEMIG EM 2018 – MAIORIA DOS INCÊNDIOS OCORRIDOS EM MINAS GERAIS É INICIADA PELA AÇÃO HUMANA

QUEIMADAS PREJUDICAM 20 MIL CONSUMIDORES DA CEMIG EM 2018 – MAIORIA DOS INCÊNDIOS OCORRIDOS EM MINAS GERAIS É INICIADA PELA AÇÃO HUMANA

 QUEIMADAS PREJUDICAM 20 MIL CONSUMIDORES DA CEMIG EM 2018 – MAIORIA DOS INCÊNDIOS OCORRIDOS EM MINAS GERAIS É INICIADA PELA AÇÃO HUMANA 
 
Levantamento realizado pela Cemig apontou que 20 mil clientes ficaram sem energia elétrica no primeiro semestre de 2018, após incêndios atingirem a rede elétrica. No período, foram registradas 77 interrupções na área de concessão da empresa, sendo a maioria no Sul de Minas. De janeiro a maio deste ano, foram registradas 21 ocorrências na região, afetando mais de 17 mil usuários.
Para minimizar os possíveis danos provocados pelo fogo, a Cemig realiza anualmente ações preventivas, investindo na limpeza de faixas de servidão, com a poda de árvores e arbustos, remoção da vegetação ao redor das torres e aplicação de pintura antichamas nos postes de madeira em locais de risco. 
Contudo, de acordo com o engenheiro eletricista Demétrio Aguiar, da Cemig, essas ações não são suficientes, uma vez que a maioria dos incêndios é decorrente de práticas humanas impróprias ou imprudentes. “A principal causa de incêndios florestais em Minas Gerais são as queimadas preparatórias de pastos e de terrenos para plantio, que acabam fugindo do controle dos agricultores e se espalham rapidamente, especialmente em dias de altas temperaturas e baixa umidade do ar. Além disso, o abrasamento de lixo e o descarte de cigarros acesos na beira das estradas também ocasionam queimadas em nosso estado”, explica o especialista. 
Ainda segundo Demétrio, ao atingir redes de distribuição de energia, os incêndios podem provocar danos aos postes e, consequentemente, destruição dessas estruturas e de cabos condutores. Nessas situações, é necessário substituir os equipamentos, atividade que demanda tempo e provoca a demora na religação dos circuitos atingidos. “Há também o risco de curtos-circuitos em linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica, causados pelo aquecimento das proximidades dos cabos condutores”, ressalta o engenheiro. 
Além dos danos ao setor elétrico, as queimadas prejudicam a segurança dos motoristas, que têm a visibilidade das pistas comprometida devido à fumaça e, no ambiente rural, reduzem a produtividade nas áreas de cultivo atingidas pelo fogo. Entre os diversos problemas ambientais, vale destacar o impacto na fauna, já que as queimadas florestais destroem o habitat natural e, muitas vezes, matam os animais impossibilitados de fuga. 
 
Autorização
 
Para a realização de queimadas, é necessária a autorização do Instituto Estadual de Floresta (IEF) (0800 283 2323), do Ibama ou de órgãos competentes. Se autorizada, a prática deve ser feita de forma controlada, com a construção de aceiros e barreiras que impeçam a propagação das chamas. O aceiro pode ser feito por meio de valas ou da limpeza do terreno, de modo a obstruir a passagem do fogo. 
 
Dicas importantes
 
Algumas medidas podem conter os riscos. Segundo Demétrio, as pessoas devem evitar jogar pontas de cigarro no chão, especialmente perto de qualquer tipo de vegetação, e apagar com água o resto do fogo em acampamentos, para evitar que o vento leve as brasas para a mata. 
Também não se deve realizar queimadas a menos de 15 metros de rodovias, ferrovias e do limite das faixas de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica. 
A Cemig lembra que é proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais. De acordo com a legislação, o indivíduo que cometer crime ambiental terá que responder a processo, com possibilidade de prisão, e deverá pagar multa pelo dano causado. 
Em caso de incêndios, o Corpo de Bombeiros (193) ou as Brigadas Voluntárias de Combate a Incêndios Florestais devem ser avisados o mais depressa possível.
 
 
Bom Sucesso/MG, 25/09/2018

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